O conflito ao longo da história passou por várias
interpretações, segundo Robbins (2005, p. 326), essas transições podem ser detalhadas da
seguinte maneira:
A visão tradicional
A abordagem mais antiga sobre conflito parte do princípio de
que todo conflito é ruim. Ele é visto como contrário e usado como sinônimo de violência,
destruição e irracionalidade para reforçar seu aspecto negativo. O conflito,
por definição, é danoso e deve ser evitado, segundo esta visão.
A visão tradicional é consistente com as atitudes sobre
comportamento de grupo que prevaleciam nas décadas de 1930 e 1940. O conflito
era visto nesse contexto como uma disfunção resultante de falhas de
comunicação, falta de abertura e de confiança entre as pessoas e fracasso dos
executivos em atender às necessidades e aspirações de seus funcionários.
Essa conceituação de que todo conflito é ruim certamente
oferece uma abordagem para analisar o comportamento das pessoas que criam o
conflito. Como todo conflito deve ser evitado, precisamos apenas prestar
atenção às suas causas e corrigir o mau funcionamento para melhorar o desempenho
do grupo e da organização.
A visão de relações
humanas
A conceituação de relações humanas argumenta que o conflito
é uma ocorrência natural nos grupos e organizações. Por ser inevitável, essa
escola defende a sua aceitação. Seus seguidores racionalizam a existência do
conflito: ele não pode ser eliminado e há ocasiões em que ele pode ser até
benéfico para o desempenho do grupo. A visão de relações humanas dominou a
teoria sobre conflitos do final dos anos 40 até a metade da década de 1970.
A visão
interacionista
Enquanto a abordagem de relações humanas aceita o conflito, a
visão interacionista o encoraja, no sentido de que um grupo harmonioso,
pacífico, tranquilo e cooperativo está na iminência de tornar-se estático,
apático e insensível à necessidade de mudança e inovação. A principal
contribuição desta abordagem, portanto, é encorajar os líderes de grupos a
manter constantemente um nível mínimo de conflito – o suficiente para fazer com
que o grupo continue viável, autocrítico e criativo.
Portanto, o que pode definir se um conflito é bom ou ruim
vai depender da sua origem e natureza.
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